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Pesquisa da IBM promete acelerar criação de chips menores e mais potentes

Em 05/10/2015

Companhia descobriu como interligar transistores a nanotubos de carbono de forma que o tamanho da conexão não afeta propriedades elétricas (Foto: Reprodução)

 

Pesquisadores na IBM afirmam ter feito o maior avanço em tecnologia de nanotubos de carbono que pode acelerar o desenvolvimento de chips menores e mais poderosos. 

 

A equipe descobriu como conectar nanotubos de carbono – finos, tubos condutores de átomos de carbono – a transistores de silício de forma que o tamanho da conexão não afete suas propriedades elétricas.

 

Diminuindo o tamanho de transistores e seu circuito associado é vital se a tecnologia de chips pretende seguir a Lei de Moore (que diz que o poder de processamento dos computadores dobrará a cada 18 meses) e para manter o ganho de energia. No entanto, a tecnologia atual está se aproximando de seus limites. 

 

No início desse ano, um consórcio internacional conduzido pela IBM divulgou o desenvolvimento de um teste de chip com transistores tão pequenos quanto 7 nanômetros – 10 mil vezes mais fino que um fio de cabelo humano. 

 

Os transistores fazem excelentes disjuntores de alta velocidade – exatamente o que é preciso para supercomputadores mais potentes – e nanotubos de carbono permitem condutores finos para os conectarem, mas até então tem havido um problema.

 

A medida que o tamanho do contato entre o chip e o nanotubo de carbono fica menor, a resistência aumenta. Engenheiros querem que o contato seja o menor possível, mas resistência mais alta significa mais uso de energia – o oposto do que é necessário. 

 

“Você realmente não quer que a resistência de contato domine o dispositivo”, disse Wilfried Haensch, engenheiro da IBM. "Se a resistência aumentar e aumentar, não importa o que acontece no dispositivo por que ele é limitado pela resistência”. 

 

E é aí que o maior avanço da IBM entra. A companhia descobriu uma forma de interligar os transistores e os nanotubos de carbono de uma maneira que a  resistência não varia com o tamanho da conexão. 

 

Porém, a IBM tem certo trabalho a fazer. A nova técnica fornece uma resistência uniforme de cerca de 30 kiloohms de todos os tamanhos de conectores e a IBM quer reduzir isso para cerca de 18 kiloohms. A pesquisa sobre o tema foi publicada na Science. 

 

No ano passado, a IBM revelou que gastaria US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos para avançar a pesquisa e o desenvolvimento na tecnologia avançada de chip a 7 nanômetros e além disso. A pesquisa inclui nanotubos de carbono, assim como computação quântica, transistores de baixa energia e fotônica de silício.


Fonte: IDGNOW!